sábado, 11 de fevereiro de 2012

Vocação


Como é bom gostar do que se faz !
Muito tempo da minha vida eu trabalhei (e ainda trabalho) com uma atividade que era apenas um meio de sustento para minha família.
Depois de muitas reviravoltas em minha vida, e numa busca incessante pelo auto-conhecimento, acabei caindo num curso de psicanálise para tentar entender um pouco o ser humano.
Acontece que a cada dia que eu assistia aula, eu ficava mais apaixonada pelo assunto e ao mesmo tempo numa preocupação que eu não tinha: como eu iria arrumar tempo para aprender tudo aquilo que me foi apresentado e que, a cada matéria interessantíssima que eu via, milhões de possibilidades de conhecimento apareciam para eu seguir.
Minha sede pelo conhecimento aumentou, eu fiquei meio perdida no início, pois queria absorver tudo de uma vez, comprei vários livros de diversas matérias, copiei várias apostilas, artigos, comprei revistas, filmes, etc. 
É óbvio que não dei conta de tudo.
Queria estar super preparada para o meu primeiro paciente.
Mais para o meio do curso comecei a entender que nenhum psicanalista sabe tudo para iniciar um tratamento. E nem por isso vai se sair mal, pois o amor ao que se faz, a vocação e a intuição te ajudam muito neste momento.
Basta ter disposição, vontade e colocar amor no que você se propõe a fazer que o resultado vem. É óbvio que  a gente precisa estudar e muito! Sempre ter vontade de se preparar mais, de aprender, aplicar técnicas novas, estar em constante aprimoramento.
Mas nenhuma história foi construída em apenas um dia. 

Eu sei que eu descobri aquilo que me dá prazer em fazer. Hoje me sinto em plena realização. Me sinto ajudando alguém encontrar um caminho para ser mais feliz.
Isso não tem preço. É o que eu quero fazer para o resto de minha vida, me dedicar e sentir a alegria no rosto de um paciente contando que conseguiu melhorar sua qualidade de vida.

Descobri minha vocação, ainda que tardiamente, mas em tempo de ser útil para alguém. 
E isso é o mais precioso para mim. é o que faz a vida valer a pena.

abraços!

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